quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pesquisa revela a relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o aumenta do risco de desenvolvimento da síndrome metabólica

Estudo publicado na revista Clinical Nutrition concluiu que o consumo de pelo menos sete doses de bebidas alcoólicas por semana foi associado com maior risco de desenvolvimento de síndrome metabólica em indivíduos saudáveis. A síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco que condicionam a um aumento das chances de uma pessoa desenvolver doenças cardiovasculares e ou diabetes (Diabetes mellitus tipo II).

As perguntas sobre o consumo de álcool incluíram o tipo de bebida alcoólica, e cada dose foi definida da seguinte maneira: vinho (uma dose = 100 mL), cerveja (330 mL) e destilados (50 ml). O diagnóstico da síndrome metabólica foi definido pela presença de pelo menos 3 dos seguintes 5 critérios: circunferência da cintura elevada (CC) (≥94 cm em homens e ≥80 cm em mulheres), triglicerídeos elevados (≥150 mg/dL) ou presença de tratamento medicamentoso para hipertrigliceridemia, HDL-colesterol (lipoproteína de alta densidade) reduzido (<40 mg/dL em homens e <50 mg/dL em mulheres), pressão arterial elevada (sistólica ≥130 e/ou diastólica ≥85 mm Hg) ou a presença de tratamento anti-hipertensivo, glicemia de jejum elevada ≥100 mg/dL. 






Ao longo dos seis anos de observação, os pesquisadores identificaram 341 casos de síndrome metabólica. Destes, os consumidores de bebidas ≥7 doses/semana, considerado um alto consumo, apresentaram um risco significativamente maior de desenvolver a síndrome metabólica, em comparação com aqueles que não consumiam bebidas alcoólicas. Além disso, o alto consumo de bebidas (≥7 doses/semana) foi associado com maior risco de hipertrigliceridemia e glicemia de jejum alterada. Ao separar por tipo de bebida alcoólica, os pesquisadores observaram que o consumo de cerveja foi o que esteve mais associado com maior risco de síndrome metabólica e maior risco de hipertrigliceridemia.

Os pesquisadores observaram que o consumo de cerveja foi o que esteve mais associado com maior risco de síndrome metabólica e maior risco de hipertrigliceridemia

“Neste estudo de coorte prospectivo de uma população saudável, o consumo de pelo menos sete bebidas alcoólicas por semana foi associado a um maior risco de desenvolvimento de síndrome metabólica após pelo menos seis anos de acompanhamento. No entanto, mais estudos em outras populações são necessários para generalizar nossos resultados e confirmar a associação entre o consumo de álcool e a incidência de síndrome metabólica”, concluem os autores.


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